sábado, 27 de setembro de 2014

















QUE SAUDADE QUE DÁ!


Ai que saudade me dá
Das tardes alegres de sol poente
Quando o sol adormecia
E a noite logo nascia
Banhada por raios de luar.
E vinha com suas borboletas em revoada
E pirilampos rodopiando pelo ar
Embalados pelo sibilar dos ventos
A varrerem as folhas secas de outono
Que à ruazinha parecia enfear
E a salpicar estrelas pelo céu
Que de tão brilhantes, espalhavam magia pelo ar
Para enfeitar a ruazinha calma
Que de tão quieta parecia não ter ninguém por lá.
Vez ou outra, o silêncio se quebrava
E isso só acontecia, quando você vinha me visitar
E baladas de amor
As mais belas que haviam
Para mim, punha-se a cantar
E eram canções tão suaves
Que portas e janelas se abriam pra te escutar
E as tardes se faziam de uma suave alegria
Que em teus braços eu me perdia
E me punha a repousar
Perdida numa doce fantasia
Numa viagem sem hora pra voltar.
Mas você se foi
E tudo fica tão monótono
Que as horas parecem não querer passar
E deu à ruazinha um brilho fugidio
Que comove aos meus sentidos e faz a minha alma alquebrada chorar
Sentindo falta das baladas de amor
Que você fazia para mim
Em noites de brisa mansa, prateadas de luar
Que hoje me faz uma falta enorme
E na ruazinha deixou um vazio sem par

Causado uma tristeza imensa
De não saber se um dia você irá voltar
Mas, quem sabe, a saudade te fale de mim
E à ruazinha, você volte a frequentar
E traga o encanto de antes
E as estrelas voltem a brilhar.
Trazendo de volta a alegria de antes
Quando você cantava para mim
Baladas de amor ao luar.
E fiquemos sempre juntos
Eu, você, a ruazinha e o luar.

( Inez Resende)

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