quinta-feira, 31 de dezembro de 2015





ÚLTIMAS QUIMERAS

As noites calmas sopradas pelo vento
São fantasmas falazes
Açoitando meu pensamento
Trazendo de volta as lembranças dos abraços apertados
Às vezes despudorados...
Às vezes suaves... Quentes...
Trocados em noites lilases
Riscadas por estrelas cadentes
Ai, meu Deus, como tudo era bom
Eu era a mais feliz dos viventes
Viver aquele amor era uma galhardia
Uma embriaguez que me fazia transbordar de contente.
E o deleite era tanto
Que me fazia crer que no mundo não havia sofrimento.
Mas como nada é para sempre
A perfídia transformou tanta felicidade em tormenta
As noites lilases se turvaram
Apagaram-se, uma a uma, as estrelas cadentes.
Desencantado, o poeta entristeceu
Um último poema escreveu
Desapareceu
A querela venceu
E a última quimera morreu.

( Inez Resende)


2 comentários:

Nilton.Poemas e Derivados disse...

Boa noite !! Muito lindo viu ? Gostei mesmo !! Parabéns !! Bjuss

Nilton.Poemas e Derivados disse...

Boa noite !! Muito lindo viu ? Gostei mesmo !! Parabéns !! Bjuss