quarta-feira, 22 de janeiro de 2014


ENGANO

Quando a tarde cair
Não quero que o ocaso me traga saudades
Dos crepúsculos florentes
Matizado por filigranas de felicidade
Roubados dos teus olhos
Quando juravas sinceridade
No amor que dizias
Que de tão grande se estenderia dessa vida
até a eternidade
E eu, incauta que fui
Acreditei que tudo era verdade
Até ver o amor na perfídia morrer
Ferido pela lâmina fria da falsidade
Que nas sombras da noite escondias
Para ferir-me com crueldade
Causando um dissabor tamanho
Que minha alma foi encrespando de tanta infelicidade
Desfazendo toda a emoção
Que pensei existir na reciprocidade
Mas agora é outro tempo
A dor é efêmera e serve de aprendizado
E logo todo o sofrimento será esquecido
E as dores de agora serão lembranças a jazer no passado
E nem mesmo o mais belo crepúsculo
De sol rúbido no horizonte debuxado
Conseguirá fazer ressurgir o que não faz mais sentido
E no passado foi enterrado.


( Inez Resende)

Um comentário:

Argeu Ribeiro disse...

Olá, li alguns poemas e gostei muito.
Gostaria que conhecesse alguns que criei também:

http://www.versosdaalma.com/

Alguns, inclusive, já foram premiados e publicados em antologias.