quarta-feira, 24 de abril de 2019




NAS ASAS DA SAUDADE

Nas tardes violáceas e calmas
De nuvens matizadas pelo sol a se deitar
O pensamento me leva até você
Nas asas da saudade, no peito, a cismar.

Não te vejo, faz tanto tempo...
Mas da memória não consigo apagar
As doces tardes no banco da pracinha
Coração na mão, ansiosa por te ver chegar.

Foi num tempo auspicioso
Quando eu ainda me permitia amar
E na cadência daquele amor
A dor não tinha lugar.

Mas os óbices vieram
Por águas revoltosas nos obrigaram a navegar.... Naufragamos...
Lágrimas turvaram nosso olhar
Do que fomos, salvaram-se as lembranças
Essas, nunca hão de se apagar.


( Inez Resende de Jesus)


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